A nossa história
A quinta tem a forma de uma concha, cavada num vale que desce em campos suaves e largos até perto do rio Douro, que ao fundo serpenteia e parece contornar as vinhas. Virada a Sul e a Poente, encaixa-se nas serras de Montemuro e Gralheira, a Sul, e a serra da Abobereira, a Norte. O enquadramento das serras e a abundância de sol e de àgua, num solo granítico permitem obter vinhos fantásticos na sub–região de Baião. Baião está no limite da região do Vinhos Verdes, onde os vinhos são tipicamente de transição Entre-Douro-e-Minho, pois combinam a frescura e a profusão vegetativa do Minho com a concentração do Douro.
A castas predominantes dos nossos vinhos são o Avesso, o Arinto (aqui conhecida por Pedernã) e o Loureiro. Nas ultimas décadas introduziu-se com grande sucesso a casta Alvarinho, e ainda o Chardonnay e o Sauvignon Blanc, que também se adaptaram muito bem ao terroir da quinta.
A quinta está na posse da família Sottomayor há séculos, havendo registos de que já se fazia aqui vinho nos anos de mil e quatrocentos para comerciantes de passagem e para abastecer as naus durante a época dos Descobrimentos.
No cimo da quinta encontra-se a casa da Lage, que deve o seu nome por assentar sobre uma única rocha e de onde se desfruta uma das paisagens mais encantadoras da freguesia de Santa Leocádia. Construída na primeira década de 1900 por Dom Miguel de Sottomayor, não é a primeira Casa da Lage neste vale. Ainda existe e pertence à família a Casa da Lage original do século XV. Há três gerações que a quinta é administrada por mulheres. Dom Miguel passou para sua filha Leonor Maria Teresa, esta para sua filha, Leonor Maria Benedita, e actualmente para a sua sobrinha Maria Benedita.
A Casa da Lage teve ao longo dos tempos uma vida cultural rica. Foi aqui que João Ameal, avô de Maria Benedita, escreveu grande parte da sua vasta obra. Pela casa passaram figuras de relevo da cultura Portuguesa, como Sousa Cardoso, António Carneiro, Sebastião da Gama, Mário Beirão e Alfredo Pimenta, entre muitos outros.

